domingo, 5 de fevereiro de 2012

Nasce um grupo


Após longas horas de conversa e duvidas, apenas chegou-se a conclusão de que estavam reunidos por algum motivo maior e que de alguma forma, todos poderiam ter algum acesso aos eventos que estavam se apresentando. Faltava descobrir que dons cada um tinha e qual a forma de usar... A duvida era uma: Como se descobre ?
Todos viram a estranha nuvem cobrir as casa, Marcela podia jurar que havia um ser manipulando aquela estranha nuvem...
“ – Vamos ficar de braços cruzados enquanto as pessoas morrem ??” – reclamava Carlos.
“ – Se acalma, não somos heróis, está bem?” – Allyson tentava acalmar o amigo. Ele também se sentia um inútil por nada fazer por aquelas pessoas.
“ – Mas nós tentamos avisá-los, tentamos impedir estas mortes” dizia Pamela.
“ – Mas não está certo! Avisamos e fugimos, deixando os outros entregues a sua própria sorte ?” – Carlos estava inconformado, não gostava de ser um mero espectador, ainda mais nesta estranha situação.
A estranha nuvem negra com olhos destruía tudo que estivesse ao seu alcance... Os edifícios rachavam.. Tremiam e muitas vezes caiam.. Raros os que continuavam em pé. Objetos eram lançados como em um redemoinho.. Era tudo pura destruição.
“ – Isto é horrível!” – foi a única coisa que Adriana pode dizer ao ver o caos que estava se instaurando
“ - Como algo que não vêem pode tirar suas vidas e destruir tudo tão rápido ? – questionou Marcela
“ – Eu não sei, mas se pode destruir, também pode ser destruído. Eu vou lutar contra isso. Só ainda não sei como” – Disse um confiante Carlos
“ – Eu estou com você” – Afirmou Adriana
Marcela e Pamela balançaram a cabeça concordando
“ – É... não somos super- heróis, mas vamos ter vilões de alto nível... To nessa ! Onde eu pego minha fantasia colante mesmo ?? – Brincou Allyson
Todos riram. Realmente um grupo estava formado.


No dia seguinte, os amigos retornam para a cidade. Lá descobrem que as pessoas nada viram ou sentiram... algumas morreram estranhamente, prédios ruíram outros caíram, mas ninguém soube explicar como. Ao buscar uma explicação, encontraram como resposta que poderia ter sido uma explosão de gás de cozinha. Era a única explicação para corpos voando e prédios caindo.
Curiosamente apenas uma parte da cidade fora afetada.
“_ Esta coisa traçou um caminho... ela não está aleatória” – observou Pamela. “ – Vejam há marcas negras onde esta coisa passou..”
“ – Voce também está vendo ? “ – questionou Allyson.
“ – Ela não é a única ” – Confirmou Marcela
“ – Acho que todos nós podemos ver este rastro ” – Afirmou Carlos
“ – Mas por que apenas nós ??” – Questionou Adriana
“ – Porque somos os mocinhos..” brincou Allyson
“ – Isso significa que podemos seguir esta coisa ?” – Marcela se animou.

Os cinco correram ate a biblioteca da cidade, pegaram um mapa da região e começaram a fazer anotações em um bloco de notas de Marcela.
“ – Vamos investigar de onde esta coisa vem, assim podemos ter uma idéia de onde ela vai..” – sugeriu Carlos.
Adriana e Marcela começavam a buscar reportagens das cidades próximas, com o intuito de descobrir qualquer noticia sobre este estranho evento.
“ – Gente olha aqui ! Acho que encontrei algo..” - exclamou Marcela.
“ – Vejam.. esta coisa esteve há dois dias nesta cidade, Allyson, você é bom de contas, dá pra ter uma idéia de quanto essa criatura percorre ?
“ – Fácil... se tiver a distancia e o tempo, descobrir a velocidade é fácil... ”
“ – Eu odeio fisica !!!” - Reclamou Pamela
“ – Ainda bem que temos alguém que praticamente é casado com a física..” – brincou Carlos.
Allyson era um aluno perfeito, matérias com boas notas, excelente desportista, apenas não era feliz no campo amoroso.
Após alguns minutos o pequeno grupo de jovens tinha algumas hipóteses a considerar.
“ – Olha, pela velocidade que consegui calcular, esta criatura está mais os menos a um dia de distancia de nós, o que nós dá....” Allyson pega o mapa que Marcela costumava usar nas suas viagens e diz” – temos toda esta área para descobrir onde pode estar”
“ – Mas é uma área grande..” – opinou Marcela
“ – Não temos como restringir este resultado ? ” – Perguntou Adriana
“ – Eí ... é claro que temos... se a criatura veio deste ponto, no leste, não vai retornar para o leste, se chegou até nós, não vai para o sul também... só nos resta o oeste, o que é mais provável, pelo caminho que traçou na cidade... vejam... ” – Falou um Carlos com determinação em sua voz.
“ – Acho melhor prepararmos nossas mochilas de viagem... teremos muito o que percorrer.” – Comentou Adriana
“ – Nós não vamos de carro ?” – questionou Pamela
“ – Claro que vamos, mas ainda sim, temos uma longa viagem e sem direito a shopping ! “ – replicou Allyson sabendo que umas das paixões de Pamela eram os shoppings.
Todos riram, e se dirigiram a suas casas para os últimos preparativos da estranha viagem.

FIM